domingo, 12 de setembro de 2010

Descarte de e-lixo em local impróprio traz prejuízos à saúde

A grande oferta de inovações tecnológicas estimula o cidadão moderno a se desfazer, constantemente de seus equipamentos eletrônicos. No entanto, o que é feito com estes produtos considerados obsoletos, mas que são nocivos ao meio ambiente?

Segundo a pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Djane Cruz, esse lixo tecnológico, muitas vezes, é descartado em depósitos comuns de lixo, trazendo malefícios, inclusive, ao ser humano, devido à exposição a produtos tóxicos.

“As pessoas não têm consciência dos problemas que podem ser causados pelas substâncias presentes nestes equipamentos quando eles foram jogados em locais inadequados, nem como podem reaproveitá-los”, explica.

Para Djane, falta divulgação sobre o lixo tecnológico (chamado e-lixo). “Um computador de um quilo, por exemplo, gera cerca de três quilos de lixo que causam mais prejuízos do que os resíduos orgânicos”, diz.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, Marcelo Guedes, afirma que isso acontece porque ainda não existe uma legislação a respeito da destinação deste tipo de lixo no Estado. “Iniciamos a construção de uma proposta de projeto lei estadual que normatize o descarte desse material, mas ainda está em fase de estudo”, explica.

Compartilhando da mesma idéia, mas em âmbito municipal, a vereadora Andréa Mendonça criou o Projeto Lei n° 05/2010. O projeto, no entanto, aguarda aprovação na Câmara dos Vereadores “Além de preservar a natureza, o descarte correto gera boa fonte de renda”, diz.

Na Bahia, existe apenas um Centro de Recondicionamento de Computadores que integra o Projeto Computadores para a Inclusão do Ministério do Planejamento, administrado, no Estado, pela Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

O superintendente de desenvolvimento cientifico e tecnológico da Secti, Assis Pinheiro, explica que, além de benefícios para o meio ambiente, o reaproveitamento também é uma ação social. “Fazemos a capacitação dos jovens que aprendem a trabalhar com a área de informática”, ressalta.

Para fazer doação, é preciso entrar em contato com o centro pelo 3379-7326. Após o contato, funcionários vão à casa do solicitante recolher o material. Após o recondicionamento, as máquinas são doadas às entidades cadastradas no site http://www.computadoresparainclusao.gov.br/.


Fonte: Amanda Palma, Jornal A Tarde, 12 de setembro de 2010.


sábado, 17 de julho de 2010

USP cria centro para reciclar lixo eletrônico

No ritmo em que a indústria de eletrônicos avança, com lançamentos cada vez mais frequentes, é natural que as trocas de aparelhos acabem deixando para trás um rastro de equipamentos ultrapassados, mas que ainda podem ser úteis para muita gente.

A Universidade de São Paulo montou um centro de reciclagem para diminuir esse problema e também evitar a ameaça que o lixo eletrônico representa para o meio-ambiente.

Os computadores já foram vanguarda, já foram o futuro. Hoje, são vítimas do avanço da tecnologia.

“A cada dia surgem novos produtos, mais atraentes, novos celulares, novos micros, e mesmo esses equipamentos não chegando ao final do seu ciclo de vida são substituídos por novos equipamentos”, explica Mauro Bernardes, da Divisão de Informática da USP.
O lixo eletrônico não tem cheiro, não suja as mãos e tem uma aparência bem melhor do que o lixo convencional. Mas ele está repleto de substâncias como chumbo, mercúrio e cádmio que, se não tiverem um destino adequado, podem contaminar a natureza e prejudicar a saúde humana.

O galpão que acaba de ser inaugurado na Universidade de São Paulo é uma tentativa de transformar toneladas de equipamentos velhos em algo útil de novo.

Primeiro, eles passam por uma seleção. O que pode voltar a funcionar é consertado e vai para escolas carentes. O que não funciona é desmontado e separado. Plástico, ferro e vidro são vendidos para indústrias de reprocessamento.

Antes de ir para as empresas de reciclagem, parte do material é prensada, para reduzir o volume e o custo do transporte, que é muito alto. Por exemplo, nove gabinetes de computador depois de prensados ocupam o espaço de apenas um.

As únicas peças que vão para o exterior são as placas eletrônicas, que têm pequenas quantidades de ouro. O Brasil ainda não tem fábricas para reciclar esse material, uma realidade que a USP quer mudar.

“É onde tem maior fonte de renda. O dinheiro da placa ficaria no Brasil e nós criaríamos uma nova indústria, novos empregos. Tem ganho financeiro, social e ambiental”, argumenta Tereza Cristina Carvalho, do Centro de Computação Eletrônica da USP.
O analista de sistemas Fernando Redigolo não pensou duas vezes. Encheu uma caixa de tralhas eletrônicas e doou para a reciclagem. “Tinha coisa que tinha dez anos pelo menos”, contou.

Alem do meio ambiente, quem gostou da iniciativa foi a mulher dele. “Ela agradece o espaço que tem em casa agora e antes estava ocupado por velharias. Só não posso acumular mais coisas senão eu arrumo briga de novo em casa”, disse.

O centro tem capacidade para processar dez toneladas de lixo eletrônico por mês, mas, por enquanto, só está recebendo material doado por alunos e funcionários da universidade.

Se você tem algum computador aposentado em casa, nós temos sugestões de instituições sérias que podem dar um destino muito útil pra ele.

Comitê para Democratização da Informática
Doe o seu computador usado para o Comitê para Democratização da Informática e ajude a atualizar o futuro de alguém.

Projeto Computadores para Inclusão
Conheça a rede nacional de reaproveitamento de equipamentos usados, recondicionados por jovens em formação profissionalizante.

Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática – CEDIR
O Cedir, da USP, começará a receber o lixo eletrônico da comunidade em 2010. Por enquanto, ele vai priorizar o tratamento do lixo eletrônico da USP.


FONTE: Jornal Nacional (25/12/2009)
 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

ROBÓTICA PEDAGÓGICA LIVRE - O BLOG

Este espaço eletrônico será destinado a discussões de temas propostos no Curso de extensão Robótica Pedagógica Livre, promovido pelo Departamento de educação – Campus I, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

O CURSO 'ROBÓTICA PEDAGÓGICA LIVRE (RPL)'

Trata-se de um curso de formação/capacitação que discute aspectos teóricos e metodológicos no/do âmbito da ROBÓTICA LIVRE, considerando os elementos presentes nessa área como possibilidades de aprendizagens para crianças, adolescentes, jovens e adultos. . É uma iniciativa de formação de professores, que tem ainda como propósito identificar aspectos relacionados à sustentabilidade ambiental, uma vez que se compromete a utilizar o LIXO ELETRÔNICO como sucata para a construção dos artefatos robóticos. Nessa perspectiva, orienta a utilização de sucatas, para criação dos artefatos robóticos, sendo esses utilizados em espaços de aprendizagens (formal ou não), caracteriza-se assim, como ROBÓTICA PEDAGÓGICA LIVRE.